17 julho, 2010

Insônia

Sem parar de me questionar por um segundo sequer. Apaguei a luz do quarto e me dirigi até a cama, afim de dormir e esquecer de tudo, mas sem que meus pensamentos permitissem que eu fechasse minhas pálpebras e tivesse aquele sono comum, levantei irritado e me dirigi novamente até a luz, acendi, e procurei entre as gavetas da minha cômoda algum caderno e uma caneta, depois de encontrar, voltei para a cama que parecia me chamar para um ótimo sono com direito a sonhos, mas não, meus pensamentos não deixavam que eu descansa-se, exigiam um papel e caneta, exigiam ser usados, para que eu me lembrasse deles no dia seguinte, [ tenho esse defeito irritante de esquecer de tudo, até mesmo de alguns pensamentos ] A cada hora, minuto e segundo, involuntariamente passam por nossas mentes 63128767483654 pensamentos e apesar de alguns deles passarem despercebidos e serem até mesmo esquecidos, gostamos de questionar cada um daqueles que nos recordamos. Escrevi.
É incrível a nossa capacidade de querer saber sempre mais, a ansiedade por não conseguir ler os pensamentos alheios. Passamos muito tempo tentando adivinhar a próxima ação, a reação, os pensamentos e principalmente os sentimentos. Como íamos nos sentir mais felizes se pudéssemos saber o que se passa pela mente e coração de outras pessoas. Mais felizes ou decepcionados.
Temos - pelo menos eu tenho - esse péssimo hábito de querer ser meio psíquico, paranormal, vidente ou meio Edward Cullen, algo assim, quando a verdade é só uma e muito simples, deveríamos apenas sentir, sem questionar nada, nem ninguém, sem pensar no que o outro esta pensando, na próxima ação, na reação, sem imaginar a próxima cena, sem pensar nem mesmo no que se sente. Sentir, apenas sentir a vida.

10 julho, 2010

PERDI A CONTA

Estava com alguém e sua cabeça não estava ali ?



Quantas vezes, no momento em que eu não pude sentir esta pessoa em meus braços me senti culpado? Já parei pra pensar no que machuca mais: fazer algo e desejar que não tivesse feito, ou não fazer e desejar que tivesse feito. Mas sempre fico sem a resposta. Quantas vezes me fiz essa mesma pergunta? Beijar alguém, e não querer abrir os olhos e ver que não é aquela pessoa. Por quê? Por quê? Por quê?
Quantas vezes quis esquecer uma história que permaneceu na minha cabeça por um longo tempo? Sem contar às vezes que me senti sozinho mesmo cercado de várias pessoas – não digo quaisquer pessoas, pessoas que querem te ver bem – Fora a quantidade de vezes que passei o dia sentado na varanda olhando o céu, sentido muitas saudades de algo que vivi.
Quantas vezes mais eu ainda terei medo de entrar em relacionamentos pensando que este por sua vez também dará errado? Assim como os outros deram! Quantas vezes vou deixar passar momentos importantes que não voltam? Qual será a próxima vez que vou chorar por ouvir aquela música que significa tanto uma pessoa? Quantas vezes me dará aquela pontada no peito, ao ouvir aquele apelido carinhoso que um dia foi-me dado?

Quantas vezes mais irei apostar todas minhas fichas em certas pessoas, e perder?






















03 julho, 2010

Impossível explicar

Parei para refletir sobre milhares de idéias que sempre tive na minha cabeça, que sempre pude me ver como um orgulhoso. Sempre achei que sabia de tudo sobre alguns assuntos, ou pensar ser o melhor em alguma coisa, olhava os outros - não com um olhar de desprezo - mas via eles como se eu soubesse mais.


Foram passando os anos, e percebi que muita dessas coisas eu aprendi, com o passar do tempo. Deixei de achar que era o melhor em algo, e percebi que era apenas o início de um caminho de muita prática e aguçamento em cada área. Reparei-me comigo mesmo em frente ao espelho, e descobri que não era "tudo aquilo", que o próprio Fernando Oliveira pensava.
Se eu me desapontei comigo mesmo? De certa forma sim. Achei-me muito orgulhoso, não que eu me gabe em cima de outras pessoas, mas me gabei em cima de mim mesmo, que ao meu ponto de vista é bem pior.

Ao menos pude escrever esse pequeno trecho pedindo desculpa ao meu próprio ego. Se vai adiantar? Pouco importa. Escrever me faz bem. E obrigado a quem tem paciência de ficar lendo minhas baboseiras.

02 julho, 2010

Fora daqui

Quando o amor acaba, o monstro que estava escondido debaixo da cama acorda e domina rapidamente meu apartamento. Frases que nunca deveriam ter sido sequer pensadas, são pronunciadas com a determinação dos carrascos. Não se pode atravessar uma ponte que foi queimada; com as palavras acontece a mesma coisa.
Agora os dois pensam e sabem que não têm mais o que fazer. Dentro de um deles há uma dor contínua, uma tristeza que sai pelos olhos. Os dois corações estão vazios, porque no lugar daquele amor todo agora não existe nada. E a vida segue assim, vazia.

Eu tenho me sentido muito mal vendo minha capacidade de amar sendo destroçada, proibida, impedida.