18 dezembro, 2010

U

É triste olhar no espelho e ver que olhos se tornaram mais claros, estou me conformando ao tempo que o coração ainda acelera por lembranças de meses atrás. Deprimente são as músicas que no meu computador são melodias, mas que antes eram também o toque de despertar do meu celular. Magoa sentir tanto e não dar nada, ainda mais em uma época de desenvolvimento sustentável que aprendi. Tamanho é o sentimento que adquiri em poucos momentos que passamos juntos - mesmo separados - e mesmo tendo querer esquecer, ainda não consegui esquecer. No meu íntimo, na mais verdadeira e intensa chama, não consigo negar, muito menos esconder: ainda é você. (L)

16 dezembro, 2010

Requer um titulo?

Tem muita coisa que eu preciso rever, e perguntar o que está acontecendo já não adianta mais, pois as respostas também já não existem. Tudo passa, e muitas coisas mudam, mas tem coisas que gostaria que continuassem iguais há algum tempo atrás. Se pudesse voltar faria tudo diferente... mas do que adianta já que agora somente podemos ser amigos?

Sei que não sou a melhor pessoa do mundo, não sou muito compreensível e nem paciente. Acho que sou uma boa pessoa, apesar das minhas crises momentâneas. Faço muitas coisas pra agradar quem gosto, mas daí perceber essas coisas não cabe mais a mim. Se os meus textos fossem reflexo das minhas palavras, talvez eles terminassem em reticências. A vida tem sido assim para mim: problemas e ausências. Talvez eu seja um mentiroso, uma mente confusa, ou mesmo uma pessoa apaixonada. Mas nada foi por mal, nada foi forçado, nada foi criado. Não direi que por mim tudo bem, deixar nascer uma amizade agora é questão de princípios, - afinal eu estaria ao lado de quem gosto. Não da forma como eu quero, mas posso dizer que saber o que anda fazendo e pensando já significa muito - mas o que seja, se é para ser melhor, assim será.

Vou deixar escapar que quando mais novo, eu tinha a sensação de que seria sozinho e feliz. Um apartamento, decoração perfeita, correspondencias abaixo da porta e o chaveiro fazendo um barulhinho quando fosse jogado sobre a mesa. Mudei tanto que, veja só, agora ao pensar nisso já sinto as ausências e indiferença que corroem meu pensamento, com cenas de momentos que poderiam ser divididos com outro alguém, mas não.


Eu tento manter a linha, até consigo, - às vezes - até porque prometi a mim mesmo nunca deixarem saber desse meu lado fraco, se fico mal durante a noite e o que faço para prolongar este fato; por fim do que adianta parecer forte por fora, enquanto por dentro se sente destruído? Sou uma caixinha de surpresas, e isso não é bom. Quanto mais mexe em mim, mais bagunçado eu fico.


Às vezes eu não consigo ficar guardando tudo dentro de mim e me sinto culpado, porque deveria guardar. Tem horas que penso, que seria mais fácil se eu fosse um pouco mais inteligente. Na verdade não me importo muito com inteligência. Eu me sinto tão estúpido por ter perdido aquilo que era muito especial para mim... mas querer isso de volta, é quase que impossível, é como viver de sonhos, é como se fosse uma droga: é satisfatório, mas você nunca se sente realizado. O problema é que eu "exagero". Sempre.

Mas tenho plena certeza de que todos os pingos dos seus devidos i's estarão em seus devidos lugares a partir de agora.





PS:
A minha tal pergunta era: O que seremos em 2011?
eis que a resposta foi dita, sem mesmo ter uma pergunta: Amigos com benefícios.