22 outubro, 2013

NÃO ME CULPE

"Já é segunda-feira, mas como entramos no horário de verão, considero que ainda tenho algum tempo até ter que obrigatoriamente pegar no sono."

Acabei de ler a última mensagem que você enviou, e é como se o vento fizesse você mudar de idéia. Nos complementos de muitas maneiras, embora tenhamos discordado em várias partes. Éramos melhores amigos quando falávamos sobre o mundo e sobre tudo que existe nele. Quem diria que estávamos queimando as nossas vidas?

Ainda lembro daquele teu abraço, e de cada carta; daquela promessa de  "para sempre". Acredito que realmente o universo ouviu isso. Mas você viu eu desaparecer diante dos teus olhos.

Agora sou apenas um fantasma, e quando você olha para trás, não entende como eu poderia ser como um estranho que desaparece como um vapor. Há apenas um eco de onde o meu coração estava. Aos poucos vou deixando de te assombrar, embora sempre que lermos 'pessoas certas, distâncias erradas' ainda pensamos em como daríamos certo. Hoje, ou daqui dois anos.

Não diga que foi o destino; não me culpe, embora eu assuma as consequências, a culpa, e assuma que te amo.