23 maio, 2011

THAT'S ALL FOLKS

    Quando eu disse que poderíamos não ter uma ‘próxima vez’ eu falei sério... Não que eu tivesse um plano ou data certa para por um fim. Mas isso estava assim como uma bateria de celular: ela é visível, pode-se ver o quanto ela dura, e ver que em breve vai acabar. Então, antes de acabar, se recarrega a bateria, e assim a restaura, deixando-a completa. Só que com o passar dos anos, o celular já levou vários tombos, e ficou velho, a bateria perde a essência, e por mais que você tente carregar, ela não dura tanto quanto durava no começo. Então um dia você pega o celular, e sente vontade de jogar, você joga... mas a bateria é fraca, e sendo assim, na graça do jogo, o celular desliga.

É constrangedor falar sobre isso. Sobre o que eu sinto. Sobre o que eu gosto e ainda mais do que eu penso. Eu nunca fui bom em falar sobre mim, quer dizer, houve um dia em que fui, mas isso foi antes. A diferença é que eu nunca quis ser somente aquele amigo que pode ouvir metade das suas histórias, quando na verdade é o que eu deveria ser, aliás, eu não deveria ser nada. Eu só queria que você tivesse 100% de confiança em mim. Mas qual o intuito disso? Ah, era fazer você se sentir feliz. Mas descobri que não ia ser alguém feito eu, nem minhas inúmeras tentativas, que fariam você completamente feliz. Então não há mais nada a se fazer. As lamentações e erros são somente para deixar na memória, mas de qualquer forma eu peço desculpas pelas falhas e pela insistência. Nada se compara a pessoa que eu fui me dedicando a você. Só aconteceu que eu cansei. Cansei de tentar. Cansei de pensar que textos, e fotos eram para mim, ou sobre mim. Cansei de fazer você se sentir bem todo o tempo. Cansei de tentar te ajudar, quando você nem se quer pediu minha ajuda. Então, agora eu estou me odiando, porque eu apareci do nada, sem ser convidado, e fui fazendo coisas, que você não me pediu.

Eu não tenho nenhuma história para contar. Esses são meus últimos passos e essa é minha palavra final. Só espero que você siga sua vida, pois eu sei que estou fazendo a coisa certa, porque estou fazendo o que é melhor para mim, não o que é melhor pra nós, porque não existe mais nós. E vou sempre me lembrar que você dizia: “Talvez hoje, talvez amanhã. Talvez sim, talvez não. Talvez”. Eu espero que essa seja a vez do ‘talvez’ certo, e que não seja só talvez, e sim a certeza. Espero também que desta vez você consiga realizar todos seus sonhos, não desejo nada além do melhor a você.