16 outubro, 2010

Noite Paulista.

Três anos atrás, 2007. Primeiro ano no colegial e eu, no título de recém chegado ao Ensino Médio queria aflorar minha rebeldia adolescente para o mundo. Todos os sábados que eu dormi às onze horas da noite, pensando no que a maioria estaria fazendo naquela hora, pareciam um futuro muito distante. Eu almejava liberdade.

Aqui estou eu, dezoito anos de idade. Recém chegado de mais uma noite vazia. Tudo o que eu queria, eu provei. Virei madrugadas fazendo dancinhas, formando rodinhas na pista, postando fotos no dia seguinte e qual foi a recompensa disso tudo?

Tirando grandes pessoas, grandes companhias, eu não ganhei nada. E foi no erro de querer tanto antecipar a vida noturna que hoje eu já não tenho mais paciência para esses roteiros batidos que a noite paulistana tem proporcionado.

Hoje eu voltei de mais uma noite onde em segundos, logo na fila, eu já estava com preguiça de encontrar pessoas de cara pintada, tingidas, hypada e toda essa infantilidade que deve ser falta de atenção dos pais. Eu, mais uma vez, com dezoito anos de idade devo ter sido afetado por uma aceleração de velhice. Estou absolutamente insuportável quando à essa vida noturna. Estou querendo distância.

Chega, chega!